quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Nos Primeiros Tempos

Fazendo uma retrospectiva dos meus interesses literários, observei que na infância e puberdade, os contos, as fábulas, as lendas me chamavam mais atenção, depois foram as histórias de mistérios, de crimes a serem revelados.

Garimpando meus cadernos antigos, entre figurinhas de Amar é..., moranguinho e recortes de figuras artísticas de revistas e cópias de versos achados entre revista de seleções, encontrei meus próprios escritos que agora transcrevo com os devidos erros corrigidos.

NO ÔNIBUS

- Oi João, como vai a Joana?

- Oi José, a Joana vai bem e a Josefina?

- Ela vai bem, passa lá no meu banco hoje para batermos um papo.

- Qual banco?

- É fácil de achar, fica na praça.

- Que horas você estará lá?

- Às três da tarde.

- Falou, até às três.

        Os dois desceram do ônibus, apertaram as mãos e cada um foi para um lado.

        José, que era dono do banco, ficou esperando o amigo no lugar marcado. João foi ao banco da praça e não achou José; perguntou à balconista:

- O senhor José está aí?

- Não, aqui não tem nenhum José.

- Mas como não tem nenhum José?

- Desculpe moço, aqui não trabalha ninguém com este nome.

        João saiu aborrecido do banco pensando se o amigo tinha lhe pregado uma peça. Logo que saiu, viu seu amigo sentado num banco e falou furioso:

- Eu não marquei com você, às três horas no banco da praça?

        José disse confuso:

- Estou aqui à meia hora, este banco é meu, eu o comprei porque daqui se vê uma linda vista.

                                                                            12/04/1985

                                                                                13 anos

Ai! Cada mal entendido que se dá! 


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