Fazendo uma retrospectiva dos meus interesses literários, observei que na infância e puberdade, os contos, as fábulas, as lendas me chamavam mais atenção, depois foram as histórias de mistérios, de crimes a serem revelados.
Garimpando meus cadernos antigos, entre figurinhas de Amar é..., moranguinho e recortes de figuras artísticas de revistas e cópias de versos achados entre revista de seleções, encontrei meus próprios escritos que agora transcrevo com os devidos erros corrigidos.
NO ÔNIBUS
- Oi João, como vai a Joana?
- Oi José, a Joana vai bem e a Josefina?
- Ela vai bem, passa lá no meu banco hoje para batermos um papo.
- Qual banco?
- É fácil de achar, fica na praça.
- Que horas você estará lá?
- Às três da tarde.
- Falou, até às três.
Os dois desceram do ônibus, apertaram as mãos e cada um foi para um lado.
José, que era dono do banco, ficou esperando o amigo no lugar marcado. João foi ao banco da praça e não achou José; perguntou à balconista:
- O senhor José está aí?
- Não, aqui não tem nenhum José.
- Mas como não tem nenhum José?
- Desculpe moço, aqui não trabalha ninguém com este nome.
João saiu aborrecido do banco pensando se o amigo tinha lhe pregado uma peça. Logo que saiu, viu seu amigo sentado num banco e falou furioso:
- Eu não marquei com você, às três horas no banco da praça?
José disse confuso:
- Estou aqui à meia hora, este banco é meu, eu o comprei porque daqui se vê uma linda vista.
12/04/1985
13 anos
Ai! Cada mal entendido que se dá!
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